do resto ao gesto
Artista: Alex Barbosa
Curadoria e Expografia de André e Mariana Weigand
Cine Itá Cultural
Rua Visconde do Rio Branco, 51 - Atibaia
de 25/02/2024 à 09/03/2024

Vamos fazer um exercício: Você está em pé, de frente para uma pequena peça de madeira. Nela podem haver singelas inserções, casinhas ou corações. Não se engane, não economize tempo, existe um mundo ali. Foi finamente esculpida e de forma delicada mostra a brutalidade do tempo estampada em sua constituição. Mas, para ver seu todo, não pode haver receio de parecer um pouco ‘bobo’, como diz o próprio artista, e deixar as responsabilidades de lado.
No poema “O Poeta”¹, Manoel de Barros assume sua irresponsabilidade e entra no mundo das imagens. Alex Barbosa por sua vez assumiu a dele ao desmontar a cama do pai para usar de matéria prima para construir seu primeiro instrumento musical, gesto este que o levaria para o mundo da escultura.
Com restos de madeiras nobres provenientes da luteria, de sua produção autoral de instrumentos musicais de corda, Alex, no intuito de dar valor a tudo o que as árvores representam, esculpe obras que ganham histórias diferentes a cada interação e a cada observador que as encontra. É preciso imaginar e sonhar para nesta coleção de poemas.
Essas histórias começam muito antes de Alex iniciar sua interação artística com as madeiras. Alex garimpa, sempre atento por onde anda e onde pode haver alguma peça de madeira, limpa, cuida, hidrata, descobre a espécie, a idade e de onde veio. Algumas esculturas são verdadeiras xilotecas.
Materialmente, esse resto² levou a um gesto³, mas antes do resto, havia outro gesto. O gesto levou ao gesto. Sempre foi o gesto. A intenção de exprimir e realizar algo que o tirasse de uma condição e o levasse para condução. Condução à sua maneira de ser no mundo.
Natural de Atibaia, Alex semeou bastante no campo da educação, com aulas para instituições e escolas, onde foi agraciado por um pequeno aluno pelo nome “Tio Árvore”. Fruto da parceria com a WG galeria, que também iniciou suas atividades com espaço físico em Atibaia e hoje se encontra no centro de São Paulo, esta é a primeira individual do artista em sua cidade de origem.
Esta exposição convida o público a chegar perto, sem pressa e sem medo de adentrar e sonhar junto os poemas que arvorecem das mãos de Alex Barbosa.
No poema “O Poeta”¹, Manoel de Barros assume sua irresponsabilidade e entra no mundo das imagens. Alex Barbosa por sua vez assumiu a dele ao desmontar a cama do pai para usar de matéria prima para construir seu primeiro instrumento musical, gesto este que o levaria para o mundo da escultura.
Com restos de madeiras nobres provenientes da luteria, de sua produção autoral de instrumentos musicais de corda, Alex, no intuito de dar valor a tudo o que as árvores representam, esculpe obras que ganham histórias diferentes a cada interação e a cada observador que as encontra. É preciso imaginar e sonhar para nesta coleção de poemas.
Essas histórias começam muito antes de Alex iniciar sua interação artística com as madeiras. Alex garimpa, sempre atento por onde anda e onde pode haver alguma peça de madeira, limpa, cuida, hidrata, descobre a espécie, a idade e de onde veio. Algumas esculturas são verdadeiras xilotecas.
Materialmente, esse resto² levou a um gesto³, mas antes do resto, havia outro gesto. O gesto levou ao gesto. Sempre foi o gesto. A intenção de exprimir e realizar algo que o tirasse de uma condição e o levasse para condução. Condução à sua maneira de ser no mundo.
Natural de Atibaia, Alex semeou bastante no campo da educação, com aulas para instituições e escolas, onde foi agraciado por um pequeno aluno pelo nome “Tio Árvore”. Fruto da parceria com a WG galeria, que também iniciou suas atividades com espaço físico em Atibaia e hoje se encontra no centro de São Paulo, esta é a primeira individual do artista em sua cidade de origem.
Esta exposição convida o público a chegar perto, sem pressa e sem medo de adentrar e sonhar junto os poemas que arvorecem das mãos de Alex Barbosa.
André e Mariana Weigand
¹ Manoel de Barros, Ensaios Fotográficos
² ³ definições de Oxford Languages
Resto²
substantivo masculino;
o que sobra, o que fica de um todo de que se retirou uma ou várias partes;
aquilo que resta, que permanece; remanescente;
Gesto³
substantivo masculino;
movimento do corpo, esp. das mãos, braços e cabeça, voluntário ou involuntário, que revela estado psicológico ou intenção de exprimir ou realizar algo; aceno, mímica; m.q. GESTICULAÇÃO ('ato');